segunda-feira, 10 de maio de 2010

Crente Gostosa vai à Faculdade II

Chegando à faculdade, tratou de procurar logo a sua sala de aula. Encontrou um mural com o nome e classe correspondente. Localizou rapidamente o seu nome no meio de tantos outros. Subiu as escadas e encontrou sua sala. Ainda estava relativamente vazia, exceto por algums meninas que riam alto no fundo. Ela se sentou na frente. Queria aprender. Tinha sede de aprender. Era o seu momento agora e ela não queria desperdiçar. Estava cedo ainda, não sabia o que fazer. Não queria ficar sozinha, mas também não se sentia à vontade para socializar com as outras meninas. Precisava de alguma coisa para se ocupar até a aula começar. Abriu sua bolsa de couro marrom, ao estilo mochilinha e tratou de procurar seu frasco de creme monange. Estava frio, e seus cotovelos estavam todos ressecados. Pegou um tantinho de creme e passou em seus braços. A sala ficou inundada pelo cheiro de creme monange. As meninas do fundo ao ver aquela cena, riram. A Crente ficou sem graça e guardou o creme na bolsa. Na mesma hora abriu seu fichário do piu piu e se pôs a escrever versículos bíblicos. Orou ao senhor, ali naquela hora. Pediu ao senhor para que guiasse o seu caminho. Pediu para que abençoasse aquele momento, que era seu. Abriu os olhos quase junto com o momento que o professor entrara na sala de aula. E que professor! Pensou a Crente. Enrubesceu e sentiu vergonha por estar sequer pensando em atos libidinosos com o professor. Reprimiu tudo o que sentia e se pôs a orar. Orou novamente com os olhos abertos. Derramou lágrimas de compaixão, se sentia suja. Se sentia como uma prostituta. Uma verdadeira MERETRIZ DA GALILÉIA. Puxa vida, agora que decidira estudar, mudar de vida, arrumar seus cabelos, ser mais vista entrara em tentação. Estava fraca na fé, concluiu. Se sentia humilhada por se encontrar neste estado. Estava chorando na aula. Chorou de tristeza, lágrimas quentes escorriam-lhe pela face. O professor perguntou se havia algo errado. A crente não respondeu e saiu da sala correndo. Foi até o banheiro e secou seu rosto, que a esta altura estava todo molhado. Molhado de fraqueza. Era uma crente fraca. Se Sentou no pátio da faculdade e novamente recebeu a imagem do professor bonitão no seu inconsciente. Um arrepio lhe subiu até a nuca e percebeu que estava exitada sexualmente. Se sentiu envergonhada mais uma vez e chorou novamente. Perguntou a deus o que estava guardado para ela. Perguntou porque estava passando por tantas provações. Mas no fundo ela sabia. Sabia que tudo aquilo era uma peleja travada. Ela pediu pro senhor Jesus, ajudar ela ali naquela hora. Só o que fez. Voltou à sala de aula, assistiu o resto da aula e se manteve compenetrada naquilo que era para ser. Estudar. Batera o sinal do intervalo e todos saíram rapidamente, conversando, rindo alto. A Crente não queria isso. As coisas mundanas já não a atraiam mais, somente as coisas relacionadas à luxúria. Essas sim lhe enchiam os olhos e a boca. O professor pediu para que o ajudasse a juntar uns papéis que estavam no chão. Ele perguntou qual era o nome dela. Crente Gostosa, muito prazer. O professor sorriu e a Crente ficou párada, sem graça. Sentiu seus mamilos se enrijecerem absurdamente por baixo de sua cacharrel marrom e foi qtão constrangedor, que ela precisou cruzar os braços.

Recolheu seu fichário do piu piu, abraçou o, cobrindo o peito e saiu. Sentou novamente no pátio. Sozinha. Abriu a bolsa e tirou seu pão com margarina e comeu com bastante gosto. Não se sentia mais tão humilhada. Sentia que a mão de Deus ia começar a operar em sua vida e aquilo era somente uma provação divina. Aliviou-se. Voltou para a sala de aula com um teco de margarina no queixo. Ninguém a avisou, afinal nem amigos ela tinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário